Comentarista ressalta importância na indicação ao Tribunal de Contas da União para manter objetivo de fiscalizar, punir e desestimular ilegalidades.
O pior é que o constatado e mostrado na reportagem é mais comum do que se imagina. Para o TCU é um lugar-comum, obras feitas a toque de caixa para serem inauguradas com festa, sem projeto básico. O custo acaba ficando mais alto, assinam aditivos, o contribuinte paga o dobro e o resultado é o mau atendimento.
Ainda na terça-feira (18), convidado para falar no TCU, o ex-ministro da Saúde Adib Jatene disse que está muito preocupado com a situação da saúde. Repasses federais são feitos a estados sem orientação e procedimentos mínimos, e acabam ensejando desvios e superfaturamento, segundo o TCU.
Quando a fiscalização do Tribunal de Contas chega, já é tarde, o dinheiro já foi jogado fora. O resultado é obra mais cara, mal feita e má prestação de serviço. O tribunal reconhece que há boas ideias, mas as ideias são mal realizadas.
Hoje, outra preocupação do TCU é com o preenchimento da vaga do ministro que vai se aposentar. Ainda na terça (18), o Tribunal de Justiça de Brasília afastou um ex-chefe de gabinete do governador Arruda que foi flagrado recebendo dinheiro – e que tinha sido nomeado para o Tribunal de Contas local.
A indicação agora está envolvendo o governo e o Senado e não pode aparelhar o TCU com gente sem conduta ilibada e com o passado sujo – isso afetaria o objetivo de fiscalizar, punir e desestimular ilegalidades.
Integrantes do TCU ficam de cabelo em pé com o que encontram; sabem mais que o contribuinte sobre as contas públicas e essa vigilância não pode ser enfraquecida.
Assista ao vídeo da edição (19.02.2014):
Fonte: g1.globo.com/bom-dia-brasil.